Ilha das Cabras

História

Foto: Luciano Candisani

A Ilha das Cabras está localizada em área natural protegida pelo estado de São Paulo, a Unidade de Conservação de Proteção Integral Parque Estadual de Ilhabela, que por sua vez se encontra localizada em região reconhecida pela UNESCO como Reserva da Biosfera.

A Reserva da Biosfera da Mata Atlântica é a maior Reserva da Biosfera do planeta e a primeira
declarada no Brasil, inscrita em 1999. A conservação da biodiversidade e dos demais atributos naturais da Mata Atlântica, a valorização da sociodiversidade e o patrimônio étnico e cultural, próprios da Reserva da Biosfera, constituem princípios fundamentais do Projeto.

História da Ilha das Cabras

Nos 2,5 mil anos de ocupação do Arquipélago de Ilhabela, desde os seus primeiros habitantes, a ilha permaneceu intocada. Ela foi notada apenas no século XVIII, quando foi representada pela primeira vez em um mapa e considerada para abrigar uma fortificação, sendo depois esquecida. A ilha aparece representada em poucos mapas do século XIX, apenas com um pequeno desenho ou um simples ponto.

Em 1911, a área ressurgiu aos olhos da Commissão Geographica e Geologica do Estado de S. Paulo, que afirma haver na ilha, apenas coberta de capim, uma Capela de Santa Cruz, que nunca mais foi vista. Até que, na década de 1960, a ilha foi “empossada” e posteriormente vendida e transformada, ganhando vida. Ela foi novamente vendida, mas se tornou palco de atos pouco afetos à preservação do meio ambiente.

Não se sabe se – ou em que momentos – a ilha foi ocupada ou utilizada antes de meados do século XX. Sua aparição em um mapa do século XVIII sugere que a ilha pode ter sido utilizada para a criação de cabras, o que também ocorreu em outras ilhas no Brasil e no mundo.

Entretanto, não foi encontrado nenhum documento que dê pistas nesse sentido, além da própria cartografia dos séculos XVIII e XIX. Não há vestígios aparentes da presença de indígenas na Ilha das Cabras, como ocorreu nas Ilhas dos Búzios, da Vitória, dos Pescadores e de São Sebastião, que abrigam os 77 sítios arqueológicos do município de Ilhabela. Da mesma forma, não há vestígios de ocupação europeia.

Parecia apenas uma pequena ilha. Nos 2.500 anos de ocupação do arquipélago de Ilhabela, desde os primeiros habitantes, ela permaneceu intocada.